sexta-feira, 26 de abril de 2013

Singela reflexão sobre o amor

Tenho lido com frequência os posts de Flávio Gikovate sobre o amor. Não para menos: ele é infinitamentemais sábio e versado na vida do que eu.

Em suas digressões sobre o sucesso dos relacionamento, ele tem defendido que é mais fácil ter sucesso quando os dois têm afinidades.

Peço licença ao doutor para fazer uma singela reflexão sobre o tema, que pode ser um pensamento que tange ligeiro a uma visão diferente.

A afinidade é um elemento importante em qualquer relacionamento: a amizade e o amor se tornam mais fáceis com ela.

Creio, no entanto, que, para construir um relacionamento duradouro, é importante que haja valores e planos em comum. Paridade de gostos é legal, mas não estritamente fundamental.

Tal "combinar" não é o bastante. Acho que o amor, para florir e perdurar, precisa também de um componente menos tangível e objetivo. 

E, sim, o elemento físico também conta. Não é crime nenhum ter a atração como uma das bases. Ou no que se pode chamar de "beleza", mas a gente vai mexer com algo que é que nem impressão digital - um conceito nunca é exatamente igual ao outro. O problema é se ela for a única motivação - e aí é imaturidade.

Enamorar-se às vezes é inevitável. Mas pode ser que só ocorra de um lado. E não corresponder é um direito que o outro tem. Nesse caso, forçar a barra só traz constrangimentos.

(crédito da foto: www.maisquecharmeoficial.blogspot.com)

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Angústia

Era um carinhoso tão incorrigível quanto o curso de um rio. Nele o afeto nasce qual cachoeira; brota na boca e deságua no umbigo, correndo fluente coração adentro.

Seu beijo na face numa querida é uma fagulha deste sentimento. Rejeita o rosto colado no ar; se é pra ser, que seja pra valer. 

Como o abraço: cartilha seguisse, assim seria. Certa vez, deixou-se levar por uma carinhosa e se sentiu fluir. Na volta, ficou repleto daquela indizível felicidade vinda do prosaico.

Talvez por isso fracasse na ânsia pelo amor; a humanidade é cheia de jogos e regras que o seu parecer de alma não se encaixa. Elas preferem os cafajestes, dizem.

Não dá pra generalizar. Afinal, eles também cometem lá os seus pecados. A busca da completude é árdua, e deve ser encarada com os eus. De preferência, intactos.