Tenho lido com frequência os posts de Flávio Gikovate sobre o amor. Não para menos: ele é infinitamentemais sábio e versado na vida do que eu.
Em suas digressões sobre o sucesso dos relacionamento, ele tem defendido que é mais fácil ter sucesso quando os dois têm afinidades.
Peço licença ao doutor para fazer uma singela reflexão sobre o tema, que pode ser um pensamento que tange ligeiro a uma visão diferente.
A afinidade é um elemento importante em qualquer relacionamento: a amizade e o amor se tornam mais fáceis com ela.
Creio, no entanto, que, para construir um relacionamento duradouro, é importante que haja valores e planos em comum. Paridade de gostos é legal, mas não estritamente fundamental.
Tal "combinar" não é o bastante. Acho que o amor, para florir e perdurar, precisa também de um componente menos tangível e objetivo.
E, sim, o elemento físico também conta. Não é crime nenhum ter a atração como uma das bases. Ou no que se pode chamar de "beleza", mas a gente vai mexer com algo que é que nem impressão digital - um conceito nunca é exatamente igual ao outro. O problema é se ela for a única motivação - e aí é imaturidade.
Enamorar-se às vezes é inevitável. Mas pode ser que só ocorra de um lado. E não corresponder é um direito que o outro tem. Nesse caso, forçar a barra só traz constrangimentos.
(crédito da foto: www.maisquecharmeoficial.blogspot.com)