Era um retrato de impressão e expressão. Os olhos, as cortinas; o sorriso, o palco; em cena, a inocência.
Na escola, a menina conquista uma casinha na amarelinha. Na rua, domava um elástico à perfeição. Em casa, fingia-se princesa. No parque, eu não mais do que molde de amigos imaginários: Charlie, lobo mau, fantasma e, principalmente, Pateta.
A vida corria, como o Menino Maluquinho não conseguira segurar o tempo. Ela também cresceu! E desenhou um novo cenário.
A cortina de outrora se abria em mistério; o palco desfaz em desejo; em cena, a mulher.
Vestida de volúpia, ela pulsa. Dança; com o bailado desenha o destino. Ama; e o sentimento caminha sob a alma. Chora; e a emoção ecoa em nuances. Chama; que eu, reles arauto, incendeio por ti.
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