segunda-feira, 27 de junho de 2011

Revendo posições

Eu queria refletir sobre uma coisa...

Vejo algumas pessoas muito de mal com a vida, transformando tudo em uma guerra dos sexos.

Dia desses, saiu na Vejinha uma matéria sobre casais que se conheceram via internet e as várias possibilidades de encontros que a rede possibilita.

Na semana seguinte, uma leitora, num rompante de extrema infelicidade, disse que, nesse serviço, as mulheres procuravam compromisso. Os homens, passatempo. Desgostosas com o mundo, algumas mulheres jogam fora os planos de "encontrar alguém" para viver como lhes convém. Num rompante até de prepotência, gritam para o mundo que um homem não vive sem uma mulher, mas a mulher vive perfeitamente sem um homem.

No lado oposto, uma piada recorrente versa que "quem gosta de homem bonito é outro homem. Mulher gosta é de dinheiro". É humor, mas provavelmente retirado de algum rompante de mágoa. Outros (não sem certa dose de razão) reclamam que elas gostam dos canalhas. Mas, pisadas por eles, tomam todos como se fossem uma coisa só e se vingam nos legais.

O que está acontecendo conosco? Preferimos o espírito competidor, em que necessariamente precisamos ter um rival, ao senso de coletividade, em que nos somamos ao outro para nos completar. Somos capazes de festejar a má sorte de um time com fogos de artifício - como fizeram os corintianos quando o Palmeiras foi rebaixado - ou esfregamos nossa conquista na cara do outro, para lembrá-lo de que "aquele ele não tem" - como fizeram os santistas com os corintianos depois de vencerem a Libertadores.

Às vezes, me vejo enquadrado em algumas dessas categorias. Mas penso que nem sempre os conceitos devem ser os mesmos.

Nenhum comentário: