Era uma quarta-feira quando cheguei ao Canal de São Paulo para uma entrevista. Havia agitação para a gravação de imagens para um comercial. Nele, a modelo tinha de simular uma queda e passar um produto na perna. Entre uma tomada e outra, ela sem querer quebrou a minha tensão. Disse a ela que concorreria a uma vaga a apresentador de um programa de TV. Sorriu e desejou-me boa sorte.
Só mais tarde descobri que se tratava de uma modelo temporã. A Daiane era jornalista do canal, e seria - se eu vencesse a concorrência - a minha colega de vídeo. O tal programa acabou não vingando, e eu passei a trabalhar no Canal como produtor.
Daiane é um ser iluminado. Linda na forma, mas melhor ainda na alma. Carinhosa, irreverente e dotada de uma incrível alegria de viver. E eu tive a honra de ser agraciado com um lugarzinho em seu coração.
Mas este é um momento em que toda essa ternura teve de pedir licença. Dai está vivendo o momento mais difícil de sua vida. Às vezes esquecemos de que o percalço é parte indelével da formação de um ser humano e desejamos tomar para nós o sofrimento de pessoas tão queridas. Infelizmente, o máximo que posso fazer é compartilhar um pouco de sua tristeza. E rezar para que ela tenha a fortaleza necessária para seguir em frente.
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