Fala-se muito no risco que o Brasil corre ao receber o presidente iraniano sopa-de-letrinhas Mahmoud Ahmadinejad.
De fato, o cara é pavoroso, tanto na expressão - de dar medo - quanto nos valores.
Mas há um lado que, a meu ver, foi mal explorado: quando estabelecemos esse tipo de relação, recebemos o país... e não a figura do presidente em si. A ligação é muito mais com a população do que com Ahmadinejad, cujos "valores" não condizem com os pensamentos da maioria dos iranianos. Tanto é verdade que a eleição presidencial no país, suspeita de fraude, causou uma onda de protestos de boa parte da nação - e é aí que o presidente Lula erra feio, porque tratou uma reivindicação legítima como picuinha de maus perdedores.
Admito que é pra lá de preocupante dar esta abertura a um país que adota uma postura tão pouco clara a respeito de sua política nuclear. Mas, se adotarmos este raciocínio, não conviria também ter relações com a China, uma nação próspera, mas ditatorial até as tampas.
Pois é. Barack Obama foi até lá. Errado? Não, porque agora o mundo depende da ascensão dessa já consolidada potência mundial.
Creio que é preciso pensar de maneira mais ampla acerca de alguns assuntos.
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