O basquete rendeu um domingo pra emoldurar e pendurar na melhor parede da memória. Um amistoso entre amigos de Oscar e de Earvin "Magic" Johnson, aconteceria no Ibirapuera. Não tardou para se tornar um embate entre Brasil e Estados Unidos, este repleto de egressos da NBA.
Parecia não dar pro começo, porque os chapas do Mágico livraram lá os seus 20 pontos. Mas na volta a torcida evocava o fantasma de 87. Em Indianápolis, o quinteto amarelo ousou vencer os donos da casa. "Brasil! Brasil! Brasil!"
E a reação começava. Tão temida que Earvin tomou a responsa pra si no afã de evitar o pior. Mas, no raiar do último segundo, os brasileiros venceram por um ponto. Sempre emocionado, Oscar agradecia o sexto jogador. "Valeu, gente!"
Em 2010, o combalido basquete brasileiro chegava ao Mundial da Turquia ainda numa fase de recuperação. Refizera a diretoria, renovara o campeonato nacional e passava a forasteiros o comando da seleção. O espanhol Moncho Monsalve dera ao time uma cara. Não conseguiu classificar para a Olimpíada, mas venceu o campeonato pan-americano em Porto Rico.
Não houve acerto, e a seleção passou por uma experiência que seria impensada no futebol: seria comandada por um argentino. Ruben Magnano fora artífice da estrondosa evolução portenha no basquete. Sob sua batuta, os hermanos levaram a medalha de ouro em Atenas.
Magnano teve algumas dores de cabeça às vésperas da estreia contra o Irã. Nenê sentiu uma contusão e teve de sair de cena. Anderson Varejão permanecia, mas também estava baleado. E os reservas estavam um degrau abaixo dos titulares.
Nos dois jogos iniciais, vitórias sem atuações arrasadoras. Se jogassem assim contra os Estados Unidos, era massacre na certa. Se não contava com todas as feras, ainda assim os caras sobravam. Meteram 29 pontos na Croácia e 22 na Eslovênia, os adversários diretos no grupo.
Mas o massacre não se concretizou. O Brasil chegou a vencer o primeiro tempo por 3 pontos. Os ianques reagiram no segundo, e a contenda ficou pau a pau. No último segundo, Marcelo Huertas errou o lance livre de propósito para tentar pelo menos a prorrogação. Mas a bola não caiu. Perdemos por 70 a 68.
Temos no Brasil um péssimo hábito de olhar o resultado apenas pelo ângulo dos números. Não se trata de relativizar a derrota, mas é importante enxergar a partida com um olhar mais positivo. Mesmo não tendo os EUA a sua seleção principal, ainda contavam com um belíssimo time. E os brasileiros travaram com essas feras um duelo de valor, que causou delírio entre os torcedores.
Os brasileiros saíram vencidos no placar, mas adquiriram moral e muito respeito. Dá pra chegar entre os quatro? Cedo pra dizer. Mas o jogo de ontem mostrou que o basquete brasileiro começa a dar sinais de ressurgimento.
Obrigado, caras!
Parecia não dar pro começo, porque os chapas do Mágico livraram lá os seus 20 pontos. Mas na volta a torcida evocava o fantasma de 87. Em Indianápolis, o quinteto amarelo ousou vencer os donos da casa. "Brasil! Brasil! Brasil!"
E a reação começava. Tão temida que Earvin tomou a responsa pra si no afã de evitar o pior. Mas, no raiar do último segundo, os brasileiros venceram por um ponto. Sempre emocionado, Oscar agradecia o sexto jogador. "Valeu, gente!"
Em 2010, o combalido basquete brasileiro chegava ao Mundial da Turquia ainda numa fase de recuperação. Refizera a diretoria, renovara o campeonato nacional e passava a forasteiros o comando da seleção. O espanhol Moncho Monsalve dera ao time uma cara. Não conseguiu classificar para a Olimpíada, mas venceu o campeonato pan-americano em Porto Rico.
Não houve acerto, e a seleção passou por uma experiência que seria impensada no futebol: seria comandada por um argentino. Ruben Magnano fora artífice da estrondosa evolução portenha no basquete. Sob sua batuta, os hermanos levaram a medalha de ouro em Atenas.
Magnano teve algumas dores de cabeça às vésperas da estreia contra o Irã. Nenê sentiu uma contusão e teve de sair de cena. Anderson Varejão permanecia, mas também estava baleado. E os reservas estavam um degrau abaixo dos titulares.
Nos dois jogos iniciais, vitórias sem atuações arrasadoras. Se jogassem assim contra os Estados Unidos, era massacre na certa. Se não contava com todas as feras, ainda assim os caras sobravam. Meteram 29 pontos na Croácia e 22 na Eslovênia, os adversários diretos no grupo.
Mas o massacre não se concretizou. O Brasil chegou a vencer o primeiro tempo por 3 pontos. Os ianques reagiram no segundo, e a contenda ficou pau a pau. No último segundo, Marcelo Huertas errou o lance livre de propósito para tentar pelo menos a prorrogação. Mas a bola não caiu. Perdemos por 70 a 68.
Temos no Brasil um péssimo hábito de olhar o resultado apenas pelo ângulo dos números. Não se trata de relativizar a derrota, mas é importante enxergar a partida com um olhar mais positivo. Mesmo não tendo os EUA a sua seleção principal, ainda contavam com um belíssimo time. E os brasileiros travaram com essas feras um duelo de valor, que causou delírio entre os torcedores.
Os brasileiros saíram vencidos no placar, mas adquiriram moral e muito respeito. Dá pra chegar entre os quatro? Cedo pra dizer. Mas o jogo de ontem mostrou que o basquete brasileiro começa a dar sinais de ressurgimento.
Obrigado, caras!
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