Era um sôfrego peregrino
De noite até em dia
Padecia!
Tão deserto e sem destino,
Pequenino
Clamava aos céus por Maria
Do Alto a luz surgiu
Ela ouviu!
Mandou sua enviada a Coroada
Vestiu-se de Fátima e, dourada,
Brilhou! E o caminho se abriu
Pequena cintila Teu reino
Em rosa a ternura desabrocha
Desmancha em vibrante sorriso
E vaga a mente em paraíso
O sol deste pobre, cabrocha.
Bela então surge presente
Como se primeira vez
O tempo murmura premente
Espanta o acaso insistente
Se viram outrora, talvez
Sente essa paz elevada
Do teu olhar a bondade
A redenção tão sonhada
Guarda no pó tempestade
Essa penumbra me cansa
Fica e não deixa saudade
Consagração da esperança
Sopro de felicidade
O teu presságio é bonança
Amor! Me desfaço em verdade
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