segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Pérolas jogadas ao vento

E as pérolas não param de ganhar o horizonte. Pra onde vão? Ainda não sei. Como, de novo, escrevo pra expressar o que se passa dentro de mim, aqui vai mais um poema. Se fazemos pra alguém e não funciona, ao menos resgatamos com uma gotinha de arte a nossa pendência de vida com a eternidade. Propositalmente, ele se chama...

Bom dia!

Constelações
Em porta-retratos
viram recatos 
No fundo do pó

Cansei de ser só

Vez em nunca
Descem do véu
Vertem do céu
Brotam gracejos
Da pátria de Zeus

Rotos cortejos meus

Pálida terra, caída
Espalha qual cor em vida
Rasga em raio a madrugada
Reluz no ardor d'alvorada
Brilha em mim prateada
À luz da manhã fugidia

Linda! Você me ganha o dia.

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