segunda-feira, 16 de maio de 2011

Versos jogados ao vento

Eu queria dividir um verso com meus parcos leitores (pra não dizer nenhum).

Gostei de tê-los produzido, apesar de a pessoa pra quem fiz não merecer tamanha honraria.

Mas é como um amigo já me disse: essas coisas nós fazemos muito mais para nós.

Espero que gostem


Despertar

Cruz

Andarilho das sombras

Herdeiro das pragas

Andança

Nas costas, solidão

No corpo, escuridão

Divindade

Mimetiza brilho e sonho

E me apaga do deserto

Luz

Envolvido, vivi

Olhares por aí

Sorrisos eu ouvi

Mas tudo em um só sublime

Só em ti.

Saudade

Te contemplava estática

A essência, só amostra

Minha angústia errática

Você não se me mostra

Esperança

A luz se desfaz em areia

Será que a deusa se vai?

Atropelado pelo desencanto

Ainda assim, me levanto

Sigo caminheiro pelo sertão sem fim

Será que gostas mesmo de mim?

Um comentário:

Ândi disse...

Concordo com seu amigo. A gente faz pra tirar de dentro da gente quando está intenso e sufoca. Se a outra pessoa souber canalizar pra ela, só terá a ganhar. Senão, se dissipa no vento.