sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Planeta Esporte

Venho aqui fazer mais uma divulgação

Um blog chamado Planeta Esporte.

A pessoa que escreve não é muito conhecida, não. Nunca ouvi falar muito dele. hehehehe

Olha aí o link planeta-esporte-efc.blogspot.com

Vale a pena

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Banca de Quadrinhos vem aí

Estréia hoje no Canal de São Paulo o programa "Banca de Quadrinhos", dos meus amigos Rodrigo Febrônio, Luiza Xavier, Daiane Crepalde e Carlos Eduardo Novaes. O programa trata do universo das hqs e tudo relacionado à cultura pop. Tudo feito por quem entende - e muito - do assunto.

Eis aí a primeira parte:

http://video.google.com/videoplay?docid=9166662500373585583&hl=en

E o blog do programa:

http://bancadequadrinhos.blogspot.com/



Acompanheir de perto alguns trechos da produção e digo de cátedra:

Vale a pena

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Caras de pau

Enquanto o STF transforma em réus os mensaleiros, por 40 votos a 35, o senado absolve Renan Calheiros.

Um tapa na dignidade brasileira.

Mara e Dito

Começou um novo dia, já volta
Quem ia, o tempo é de chegar
De metrô chego primeiro, se tempo é dinheiro
Melhor, vou faturar
Sempre ligeiro na rua, como quem sabe o que quer
Vai o paulista na sua, para o que der e vier

A cidade não desperta, apenas acerta a sua posição
Porque tudo se repete, são sete
E às sete explode em multidão:
Portas de aço levantam, todos parecem correr
Não correm de, correm para
Para São Paulo crescer

Vambora, vambora, olha a hora
Vambora, vambora

Vambora, vambora
Olha a hora, vambora, vambora

Vambora...

A segunda-feira já amanhecia. Enquanto preparava o café, minha avó, dona Mara, ouvia Franco Neto e Oliveira Júnior transmitindo as notícias mais importantes do momento. O modo como davam a hora virou um marco.

- Sete e trinta e cinco
- REPITA
- Sete e trinta e cinco

O meu avô, seu Dito, há muito havia saído para trabalhar. A Casa Albano ficava a poucos metros da Major Rubens Florentino Vaz. Enchia de imponência aquele trecho da Corifeu de Azevedo Marques. Enquanto Mara primava por um amor mais austero, Dito era o bonachão. Levava a gente todos os dias para a dona Lourdes para nos esbaldar em doces. Ou então, à padaria. E sempre perguntava: "O que é que você quer?"Muitas vezes, era ele quem me buscava na escolinha, na Praça Benedito Calixto. Levava para tomar refrigerante, mas exigia: "Não conta nada pra sua mãe". É lógico que eu não contava.

Dia desses, levou-me a um churrasco da Casa Albano. Não me recordo bem onde ficava, mas foi muito divertido. A firma jogaria futebol com uma equipe local. O time B tomou uma sova. A equipe principal até que jogou bem. Mas não conseguiu vencer.

Deitado na grama, havia dito a ele que só tinha comido um pão recheado com carne.

- Só? Eu já comi quatro - ele respondeu.

Voltamos exaustos, mas felizes de um bem-vivido domingo.

Anos se passaram. O velho Dito já há muito nos tinha deixado. E, naquele momento, meu tio Jairo sofrera um ataque cardíaco fatal. Eles já estavam voltando do enterro quando eu dera a notícia de que tinha passado na Cásper Líbero.

- Me abraça - ela disse. Dona Mara, tão incompreendida por mim, fingia firmeza. Mas estava destroçada por dentro. Se conseguira me ver entrar na faculdade, não pôde presenciar o meu diploma. Partiria para a eternidade quando eu ainda estava no segundo ano.

Na festa de formatura, minha mãe ficou triste, a princípio. Porque não poderia mais celebrar aquele momento com a sua família original. Mas encontrou Roseli, a filha da dona Mulata. E encontrou alento. Quantas vezes eu ouvia minha avó falar dela... acho que cheguei a ir a sua casa.

Sua neta, Vanessa, tinha sido minha colega de classe. Em fotos antigas, ela aparecia em uma de minhas festas de aniversário.

Saudades. Tempos que não voltam mais.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Independência do Brasil.

Nunca tive grandes empolgações pelo 7 de setembro. No meu tempo de pequeno, o tão propalado dia da pátria era algo um pouco mais agitado do que hoje. Mas nada que se iguale ao 4 de julho norte-americano, por exemplo.

Já fiz trabalhos "artísticos" sobre a efeméride. Mas, até a quinta série, não fazia idéia do que se tratava. Aos poucos, fui me familiarizando com essa história.

A partir de então, tive uma leve noção. Antes do grito do Ipiranga, o Brasil era uma extensão de Portugal no novo mundo. Os portugueses foram os primeiros a dominar as técnicas de navegação, graças à Escola de Sagres. Com o descobrimento, passaram a vir pra cá os degenerados, que ganharam um pedaço de terra para explorar.

Colônia de exploração funcionava como uma espécie de depósito, de onde a coroa retirava as suas riquezas. Diferente do povoamento inglês que vigorou no Canadá e nos Estados Unidos. Por conta disso, há quem diga que seríamos mais prósperos se tivessemos o mesmo domínio britânico. Ledo engano, porque os gigantes da América do Norte tiveram esse tipo de colonização por não ter nada a oferecer em termos de recursos naturais. Basta ver que Jamaica e Guiana - só pra citar dois - também foram colônias da Inglaterra.

Na economia, viveram-se dois ciclos fortes: o do açúcar e o do ouro. O primeiro teve como mão de obra os escravos africanos, e teve como "mérito" criar os latifúndios: as fazendas funcionavam no esquema de plantation, grandes propriedades que produziam apenas açúcar. Em menor intensidade, respiravam as culturas de algodão e tabaco. Uma incipiência que só agora, e a duras penas, estamos começando a neutralizar. O segundo moldou o desenvolvimento da região Sudeste. Com isso, no século XVIII, a capital mudou-se de Salvador para o Rio de Janeiro.

A Coroa enfrentou várias revoltas ao longo do período. Mas a única com caráter separatista foi a Inconfidência Mineira. Surge o mito Joaquim José da Silva Xavier. O Tiradentes fazia parte de um movimento de notáveis que intentavam trazer para o Brasil os ideais do Iluminismo francês, para que o Brasil se visse livre do domínio português.

O movimento não deu certo. Mas lançou as sementes da independência que daria frutos 33 anos depois. Na prática, o Brasil se desgarrou de Portugal com a abertura dos portos às nações amigas em 1808. Promulgada pelo príncipe regente Dom João, o decreto derrubava o pacto colonial segundo o qual a colônia só poderia exportar para a metrópole.

Reza uma lenda universitária que Dom Pedro I fora aconselhado pelo seu pai a proclamar a independência do Brasil "antes que algum aventureiro o faça". E, há exatos 185 anos, Pedro daria o grito fatal. "Independência ou morte".

De lá pra cá, o Brasil ainda convive com a mazela moral de muitos dos seus governantes, que fazem com que o país ainda fique preso ao atraso. Conviveu com ele da primeira república até o fim da era militar. Ainda caminha a passos lentos para consolidar uma economia se não forte, ao menos resistente aos furacões desse mundo globalizado. A jovem democracia vai criando alicerces, embora ainda sofra golpes aqui e ali.

Temos o que comemorar? Sim. Mas ainda mais para refletir.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Eu vi a Fiel vencer o Cianorte

Eterno 12º jogador


Hoje eu vou reeditar um momento que, modéstia à parte, foi inspirado.

Espero que gostem

Eu vi a Fiel vencer o Cianorte

Quando Maringá silenciou, o que houve foi raiva. Um rotundo três a zero que ecoava pungente na minha cabeça. O tal do Cianorte escreveu um capítulo na série “Coisas que só acontecem com o Corinthians.” Perder para famosos sei lá quem. E dá-lhe gozação dos rivais. Mas, que deixasse estar. A história há de dar a nossa chance de reviravolta.

Mas o tempo teimava em não passar. Entrava jogo, saía jogo e nada. Eu não perderia por esperar. E a semana chegou. Eu respirava São Jorge. Via tudo em preto e branco. Os ingressos começariam a ser vendidos na segunda. E eu nem vi as mesas redondas de domingo. De Itaquera pro parque num pulo.

Eu não era o primeiro. Um senhor de jornal na mão sentava numa daquelas cadeirinhas de praia. Logo fiquei amigo. Figura das melhores o seu Amílcar. Quantas histórias! Ele me contou do famoso arrastão alvinegro que a Dutra experimentou em 76: a invasão ao Maracanã. “No sábado de manhã, pedi para uma tia, são-paulina fanática, bordar um número na minha camisa. Ela deixou a rivalidade num canto e atendeu com gosto. Depois, peguei meu Fusquinha e segui viagem. Na estrada, era buzina pra lá, “Vai, Curintia” pra cá. Uma zona. Era tanta gente que eu cheguei ao Rio lá pelas quatro da matina. Estava cansadão, mas a ansiedade era maior. Fui direto pra perto do Maraca. Quando os portões se abriram, lá estava eu. Quando vi, tinha mais fiel do que tricolor. E o time do Fluminense era um milhão de vezes melhor que o nosso. Até o Nelson Rodrigues reconheceu a nossa força.”

Parecia que eu estava lá. Banquinhos de plástico não havia. Mas bandeiras, sim. Muitas bandeiras. Fogos e foguetes. Um duelo surpreendentemente igual...


- Próximo!

O bilheteiro, gentil como ele só, me arrancou do devaneio. Tentei enxugar as lágrimas para garantir a arquibancada laranja, o melhor lugar do Pacaembu.

- Eu também vou na laranja. Se quiser, podemos combinar. Disse a ele que sempre me concentrava na banca da Charles Miller com os meus camaradas. Ele me falou de um lance sinistro que rolou no dia da invasão.

“Quando a torcida gritava, havia uma energia estranha. Não tinha certeza, mas parecia com Neco, o nosso primeiro artilheito. Sem dúvida um décimo segundo jogador. Quando o Ruço fez o gol de empate, ele parecia ter absorvido toda aquela vibração.” O João, moleque, não quis nem saber de respeito. Falou pro velho não viajar.

- Não é viagem, não. Vi uma coisa parecida naquela semifinal de 2001. A gente tava fora e o danado do Robert parecia que dominava a gente. O povo não gritava tão alto, mas não arredava pé. Do nada, eu vi um jogador correndo na direção do Gil. Era menor do que ele. Mas rápido que só vendo. Quando dei por mim, ele já tinha deixado o André Luiz no chão. Depois do gol, eu só não virei cambalhota de alegria porque fui abraçado por um gavião em êxtase. Quando fui contar o que vi ao meu tio, ele não teve dúvidas: pelas descrições, parecia o Cláudio, o maior artilheiro do Timão em todos os tempos. - Disse o Zé, não tão moleque.

O Pacaembu era uma panela de pressão já borbulhante. Até o lado das numeradas fervia. E eu vi algo de que jamais me esquecerei. O exército alvinegro entrou em campo com doze. Não! Não é mentira nem alucinação. Mas a pulsação misturada àquela imagem, confesso, entorpeceu-me da cabeça aos pés. Usava um uniforme diferente dos demais. Mais antigo. tinha o cabelo meio comprido com costeletas e um vasto bigode. Rivellino? Não! Não pode ser. Tem algum alucinógeno no ar, não é possível.

Quando o zagueirão do Cianorte falhou – eu juro! – ele pareceu possuir o Carlitos. Um a zero logo nos primeiros minutos de jogo. O time azul começava a entrar em estado hipnótico. Começou a ser dominado pouco a pouco e pareceu que sucumbiria. E, com um tranco, acordou do choque e passou a catarse para o trio de arbitragem, que não enxergou aquele maldito impedimento. Um a um.

Enfurecido, o Riva partiu pra cima do bandeira. Gesticulou e esperneou. Ao meu lado, um garoto começava a chorar. O amigo botava as mãos na cabeça e fazia um não desesperançado. O reizinho parecia perder um pouco de seu poder. Mas logo recobrou-se.

Corinthians! Corinthians, minha vida! Corinthians, minha história! Corinthians, meu amor!

O espectro mudou de forma. Ficou maior, mais magro e levemente barbudo. Doutor? Céus! Parece sonho. Lançou-se sobre Bobô, ganhou do goleiro na vontade... e isolou. Mas, quando Gustavo acionou Roger, não passou em branco. Invadiu a área para fazer dois a um.

Logo que o segundo tempo começou, lá foi ele outra vez. O mesmo Roger cruzou e Carlitos decretou o três a um. Logo depois, inspirou Carlos Alberto a mandar um balaço da entrada da área. Que não foi páreo para o travessão. O Magrão resolveu sair de cena. Diminuiu, ficou gordinho... Neto?! Uma camisa de força, por favor! O time azul voltou àquele estado meio catatônico. O Xodó estava em casa. Pareceu reviver aquele fim de tarde no Maracanã, quando daquele gol antológico contra o Flamengo do meio da rua. Mas o chute do presente tinha mais veneno. Foi tão ardente que o pobre Adir passou vergonha. Quatro a um.

Ainda era pouco para seguir em frente. O resultado igualava a diferença do jogo passado, mas aquele gol impedido mantinha a vaga em mãos paranaenses. Foi então que os três reis do parque se viram obrigados a unir forças. Tornaram-se uma só energia que anteviu o Gustavo dentro da área, acossado por três adversários. Recebeu. Caprichosa, a bola estava mais para o jogador de azul. Mais eis que ele não desiste. Estica a perna no último suspiro e toca nela. Teimosa, a gorducha não queria ficar a seus pés. E ele insistiu. Venceu seus oponentes na raça e deu o petardo a gol. Que estufou as redes pela quinta vez.


O gigante cravava o golpe de misericórdia naquele pequeno que ousara humilhá-lo um mês atrás. Estava sacramentada a glória final. Essa gente esfarrapada e debulhada pela vida evocou os seus deuses. E não sucumbiu sem luta. Assim eu vi a Fiel entrar em campo e vencer uma partida.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Band. Que decepção!

Nos anos 90, eu era um fã confesso da Bandeirantes. Na época, ela era "o canal do esporte". Gostava de ouvir Elia Junior segurando as pontas com muita competência quando sobrava tempo... e tinha de improvisar tudo. Luciano do Valle, um canhão da narração. A descontração de Elia brincando com Simone Mello chegava a me fazer sorrir. E foi o canal do esporte que me motivou a ingressar o caminho do jornalismo.

O tempo passou. E o Canal do Esporte não existe mais. Até que a cobertura esportiva é numerosa. Mas a emissora hoje em dia é mais diversificada, com notícias, programas femininos, shows, novelas...

Eis que fico sabendo que ela adquiriu exclusividade sobre o Mundial de Ginástica Artística. Prometeu uma cobertura completa do evento, que conta com atletas brasileiros muito capacitados a fazer bonito.

Ligo a TV hoje para acompanhar a final feminina por equipe, imaginando que veria as brasileiras ao vivo. Decepção total! Passa o finalzinho das apresentações de romenas, norte-americanas, russas e italianas... e pequenos flashes de Daiane no solo, Jade no salto, Khiuani e Ana Cláudia.

Que pena! Não pensei que justo a Band fosse dar um tratamento assim aos amantes de esportes... os mesmos que fizeram um pouco de sua história.

Se é pra fazer uma cobertura tão porca, por que comprar os direitos do evento?

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Liberdade de imprensa ou privacidade?

Na semana passada, uma polêmica tomou conta do noticiário político. Os ministros Ricardo Lewandowski e Carmem Rocha discutiam, via intranet, o voto de um dos colegas - Eros Grau - para definir se os 40 implicados no mensalão se tornariam réus. Eles especulavam se a decisão de Grau estaria atrelada à indicação para a Corte de Carlos Alberto. Ele substituiria o recém-aposentado Sepúlveda Pertence.

A conversa eletrônica foi flagrada pelos flashes d'OGlobo. E é aí que entra toda a celeuma. Alguns reclamaram de invasão de privacidade. Outros acreditam que o assunto tem relevância pública.

Fico com o segundo grupo. Afinal, a sessão foi liberada para a imprensa. Portanto, os vestígios de conversa no particular foram exterminados pelos próprios magistrados. E o assunto em pauta é de interesse geral, por despertar a suspeita de que um dos ministros poderia se ver envolvido numa negociata. Ela não se concretizou. Mas o episódio mostra que mesmo os juízes mais importantes do país devem prestar contas pelo seu serviço, pois ocupam cargos públicos.

É diferente de invadir uma casa e tirar fotos comprometedoras de uma celebridade, em que ela sequer te convidou pra entrar.

Tanto é verdade que o próprio Supremo não chiou.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Não subestime o gigante


O jogo entre Corinthians e Santos ontem no Pacaembu fez jus à alcunha de clássico. Quando todos esperavam um massacre santista, o gigante da capital, ferido, renasce. E vence o favorito por 2 a 0.


Um time irregular, com um técnico improvisado e comandado por uma trupe que de intrépida não tem nada. Mas o Corinthians é pura mística guerreira, que ontem submergiu dos céus. Os praianos encararam a peleja com soberba e se deram mal. Nilton, aquele que fez gol contra e a favor num único jogo (contra o Botafogo), como se tivera canhão nos pés, deixou Fábio Costa estupefato e abriu o placar. No segundo, os atacantes inverteram os papéis. Finazzi, o centroavante, serviu. Arce, o ponta, mergulhou de cabeça para ampliar a vantagem.


Nilton, o herói do jogo, ainda salvou um gol em cima da linha e arrumou uma expulsão para o santista Adaílton.


Apesar da panacéia, não dá pra esperar muito desse time. Porque o buraco corintiano é mais em cima. Para ganhar título em pontos corridos, é preciso uma gerência redonda, que faça um bom planejamento.


Parece que o clube vive fase de transição. Por enquanto, é cedo para pensar em planos para 2008.

A camisa 10 da ginástica


Todo time tem o seu maestro. No basquete, é o armador. No vôlei, o levantador. No futebol americano, ele se chama quarterback. No futebol, os meias. Ou, como se diz no Rio, apoiadores.


Esta tão preciosa camisa esteve ontem pela manhã em boas mãos. Ela envelheceu 10 anos em dois meses. Jogou também na defesa e no ataque. Liderou com brilho um time escalado com dois veteranos - um centroavante que mistura vigor e habilidade e um defensor já se preparando para pendurar as chuteiras. Os novatos foram bem, embora em alguns momentos sentissem o peso da responsabilidade.


Infelizmente, o maestro não foi perfeito. Desafinou justamente na hora do solo. Mas nem mesmo isso apagou o brilho de sua apresentação.


Mas do que fala este maluco? Por incrível que pareça, de ginástica. A equipe feminina brasileira fechou a classificação do Mundial de Stuttgart em oitavo lugar e vai pra final. De quebra, carimbou o passaporte para Pequim - era preciso se classificar, no mínimo, em 12º. O camisa dez é Jade Barbosa, que ultrapassou a barreira dos 15 pontos em três dos quatro aparelhos. Caiu no solo, mas foi a três finais individuais: salto, trave e geral.


O centroavante é Daiane dos Santos, que não competiu em 100% da sua forma física. O defensor é Danielle Hipolyto, também fora de ritmo. E as novatas são Khiuani Dias e Ana Cláudia Silva.


O Olimpo vos espera, meninas.

domingo, 2 de setembro de 2007

Memórias Corintianas.

Tenho o grato prazer de divulgar um novo blog.

Chama-se Memórias Corintianas, e é escrito pelo grande amigo Filipe Morais.

Nos dois primeiros posts, homenagem aos 97 anos daquele que nos acostumamos a chamar de Todo Poderoso.

Depois, a doce lembrança de uma virada inesquecível sobre o Santos em 2001.

Tudo com a espirituosidade que é peculiar no sr. Morais.

Tudo está aqui: http://memoriascorintianas.blogspot.com/

Vale a pena!

sábado, 1 de setembro de 2007

O microcosmo do sofrimento

Corinthians: noventa e sete anos de sangue e lágrimas

Salve, Corinthians. O gigante nascido na esquina da José Paulino com a Cônego Martins tinha raízes proletárias. Portanto, guerreiro por natureza. Em seu primeiro jogo, desafiou o União da Lapa, um verdadeiro monstro sagrado da várzea da época. Perdeu por 1 a 0. Mas fincou raízes que formariam um gigante, campeão dos campeões. De jogadores que honraram as tuas tradições de luta, como Idário. Mas sem perder a arte jamais, como Neco.

Eternamente em corações perseverantes. Parafraseando o mestre, esse povo é, antes de tudo, um forte. Uma gente tão corajosa que tem o martírio por vocação. Maloqueiro, posto que é sempre do povo. Sofredor, porque a bonança, que já viu um quatro de ases como Cláudio, Luizinho, Baltazar e Carbone, se sucede a grandes tempestades, como o faz-me rir. Mas, corintiano. Graças a Deus. Por isso és minha vida.

Salve, Corinthians. Porque és tão grande que nem mesmo um Saara que durou 23 anos foi capaz de te derrubar. Eis que essa casta tão maltratada se identifica contigo, e, cada vez maior, te segue qual religião. Carregada de esperança, enlouquece. E, por um instante, faz do Rio a sua casa. Do outro lado, a máquina tricolor carregava o teu reizinho. Tão injustamente destronado. Então, os tão favoritos cariocas silenciam ante a garra operária de Russo, Tobias, Zé Maria, Wladimir e Geraldão. Em homeopáticas e doloridas doses penais. No dia em que este humilde interlocutor acabara de vir ao mundo. Na semana seguinte, os bravos não resistiriam a outra máquina, desta vez colorada. Mas as bases para o fim do deserto estavam consolidadas. E Basílio, abençoado pela predestinação a que Brandão o destinara, dera fim ao sofrimento. Mas o gol resumia toda a história deste martírio alvinegro. Superzé cobra a falta. Basílio desvia de cabeça. Vaguinho chuta no travessão. Wladimir sobe para cabecear. Mas Batista, mais alto, afasta. E Basílio, o redentor, não foge ao destino. Uma de tantas glórias mil. Por isso és minha história

Teu passado é esta bandeira de eterna superação. Que encontrou, também, uma geração de mágicos que, do Brasil, conquistaram o mundo. O teu presente, infelizmente, uma lição que não deve ser aprendida jamais. Pois os que te representam não fazem jus a tamanha epopéia. Sei, contudo, que, ferido, o gigante há de renascer. Como tantas vezes já o fez. Por isso és meu amor.