segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A camisa 10 da ginástica


Todo time tem o seu maestro. No basquete, é o armador. No vôlei, o levantador. No futebol americano, ele se chama quarterback. No futebol, os meias. Ou, como se diz no Rio, apoiadores.


Esta tão preciosa camisa esteve ontem pela manhã em boas mãos. Ela envelheceu 10 anos em dois meses. Jogou também na defesa e no ataque. Liderou com brilho um time escalado com dois veteranos - um centroavante que mistura vigor e habilidade e um defensor já se preparando para pendurar as chuteiras. Os novatos foram bem, embora em alguns momentos sentissem o peso da responsabilidade.


Infelizmente, o maestro não foi perfeito. Desafinou justamente na hora do solo. Mas nem mesmo isso apagou o brilho de sua apresentação.


Mas do que fala este maluco? Por incrível que pareça, de ginástica. A equipe feminina brasileira fechou a classificação do Mundial de Stuttgart em oitavo lugar e vai pra final. De quebra, carimbou o passaporte para Pequim - era preciso se classificar, no mínimo, em 12º. O camisa dez é Jade Barbosa, que ultrapassou a barreira dos 15 pontos em três dos quatro aparelhos. Caiu no solo, mas foi a três finais individuais: salto, trave e geral.


O centroavante é Daiane dos Santos, que não competiu em 100% da sua forma física. O defensor é Danielle Hipolyto, também fora de ritmo. E as novatas são Khiuani Dias e Ana Cláudia Silva.


O Olimpo vos espera, meninas.

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