sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Torcida rubro-negra ganha prêmio. Mas Fiel não fez por menos em 2007

A torcida do Flamengo vai receber da CBF o prêmio de melhor torcida da temporada.

Se forem levados em conta os recordes de público, a premiação é justa. E as festas feita pelos rubro-negros no Maracanã tem sido, de fato, muito bonitas.

A torcida flamenguista merece todos os aplausos. É, de fato, uma das mais vibrantes do país.

Mas continuo batendo na tecla do post anterior...

A fiel corintiana não deixou - nunca - a dever.

E, nesse ano, não foi diferente. E mais:

Fez bonito justamente no momento em que o gigante mais precisava. Pois enfrenta a maior expiação de sua vida. Tudo resgate das barbeiragens cometidas pelos seus antigos cartolas.

O único bônus dado pela tal MSI foi o título brasileiro. E olhe lá, porque ainda suscita discussões. Depois, só ônus, que culminou com tamanha catástrofe.

Por outro lado, é justamente tal desespero que fez despertar a maravilha do corintianismo. Ao contrário do que aconteceu com o Palmeiras em 2002, a torcida acordou antes de consumada a tragédia. Compareceu aos treinos não para fazer cobranças, mas no intuito de dizer: "Ei, estamos com você"

Cantou e jogou junto com o time o tempo todo. Com cantos que evocam uma força quase divina.

Eu vivo por ti. E nunca vou te abandonar.

Os rubro-negros, mesmo no início ameaçados pelo rebaixamento, foram se recuperando também porque sua diretoria soube reforçar o time. A qualidade subiu, e o Flamengo já está na Libertadores.

Muito mais inglória foi a missão corintiana, condenada a um "faz-me rir" piorado.

Portanto, sigo batendo na mesma tecla. O verdadeiro show deste ano, a meu ver, foi da Fiel.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Fiel dá show. Time se esforça. Mas não evita a derrota


Tive muita vontade de ir ao Pacaembu ontem para dar a minha contribuição ao Corinthians contra o rebaixamento. Não deu. Os ingressos se esgotaram em menos de um dia.

E a Fiel torcida não fez por menos. Lotou o Paulo Machado. E jogou junto com o time até o fim.

"Eu nunca vou te abandonar. Porque eu te amo."

Como era de se esperar, o Corinthians sufocou o Vasco. Mas os cariocas, ligeiramente melhores em termos de elenco, suportaram bem a pressão. E os onze de branco tentavam ir além de seus próprios limites. Embalado pela energia vibrante da torcida.

"Aqui tem um bando de louco. Louco por ti, Corinthians"

O lindo canto inspirado nas torcidas argentinas, contagiava os jovens jogadores. Everton Ribeiro, o lateral-esquerda, era o melhor deles. Projetava, cruzava, chutava. Lulinha, mesmo não jogando tudo o que realmente sabe, entregou-se como nunca se viu. Dentinho decepcionou. Firulou demais e produziu pouco.

O Vasco chegou menos, mas com bastante perigo. São Felipe salvou com as mãos e Fábio Braz mandou o perigo pra longe da área.

E Cássio defendeu uma cabeçada de Fábio Ferreira. Como eles dizem lá... tinha endereço certo.

No segundo tempo, o tudo ou nada. Abriram-se os espaços.

Até que Guilherme avança por um flanco deixado na esquerda e cruza. E nem a reza por todos os santos, anjos e orixás evitou que Allan Kardec prolongasse o sofrimento corintiano.

A torcida tomou o baque, mas não desistiu.

"Aqueles que acham que é pouco. Eu vivo por ti, Corinthians."

Nelsinho resolveu deixar o time ainda mais ofensivo. Heverton e Wilson substituíram respectivamente, o esforçado Amaral e o improdutivo Dentinho. E experiente. Vampeta tentaria dar ao time a tranquilidade que faltava.

O cruzmaltino, inteligente, administrava a vantagem. E, de vez em quando, até pretendeu matar o jogo. E Felipe parou Leandro Amaral no susto.

Wilson mandou bola na trave

Nada adiantou.

Mais uma derrota na conta macabra de 2007.

Apesar do revés, o alento que ficou é da Fiel torcida.

Os rubro-negros que me perdoem, mas é dela o verdadeiro show de 2007.
Porque bater recorde de público com time bom é fácil.

domingo, 25 de novembro de 2007

A grande menina-mulher


Dakota (a menina) é brilhante. Mas a dona da festa, definitivamente, é Brittany (a mulher)


Acabei de assistir a "Grande Menina, Pequena Mulher". Uma comédia que teria tudo para ser uma daquelas velhas canções água com açúcar que transmite mensagens.

E até não deixa de ser um pouco. Mas a produção arrebata pela surpresa. A sinopse de quem a princípio não o assiste mostra uma coisa. E o filme propõe outra.

Brittany Murphy é a desastrada e desvairada Molly. Ela até que se vira bem enquanto dura a grana deixada pelo pai roqueiro, já morto. Mas o contador a rouba. E aí, ela tem de arrumar um emprego. Nada dá certo, até que um amigo lhe arruma para ser babá de Lorraine, que prefere ser chamada de Ray (Dakota Fanning).

O título do filme em português é maroto. Caricturiza Molly como uma retardada que precisa crescer. Na verdade, Ray é uma chata de galocha. Com toda a irreverência, a grande menina mexe nas bonecas intocáveis da pequena mulher e troca o Mozart até então modorrento e a fazia girar ao som de um pop. Mas é quando as duas vão a um parque de diversões - fechado, porque a temporada começaria uma semana depois - que toda a fragilidade de Ray começa a sair da casca.

Sabe, eu sempre fico um pouco com o pé atrás com comédias. Algumas passam do ponto do pastelão e, assim, ficam sem graça. Esta tem as tais cenas engraçadas na medida certa. À lavanderia, Molly exagera no sabão e acaba escorregando. No quarto de Ray, ela se empolga com um brioche e vai com tudo... mas o pão é de plástico.

Mas o forte da história é a troca de fluidos entre as duas, possibilitado justamente pela pitada de drama que existe na vida de cada uma delas. Uma apreende um pedaço da personalidade da outra, sem perder a essência. Molly absorve um pouco do pragmatismo de Ray. Esta começa a aliviar um pouco o peso da existência e começa a levá-la como se fosse o que sempre foi: uma criança.

É impressionante como a pequena Dakota trabalha bem. Uma atuação que é bem-sucedida ao transmitir a repulsa inicial por Ray. Mas a dona da festa é a gracinha da Brittany, que aproveita muito bem todas as nuances de Molly. Engraçada sem escracho. Expressiva sem melodrama. Na verdade, é ela a grande mulher-menina.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

De volta à Praça da Sé


Estive ontem na Praça da Sé. Tão castigada em tempos não muito remotos, ela está bem mais imponente agora.

Saíram de cena a sujeira e os ambulantes. Tá, eles precisam trabalhar. Mas são, sim, um anticlímax a qualquer cartão postal. Sinal dos tempos, pequenos moradores de rua se aglomeravam para ouvir funk num iPod. Aqui e ali, eles ainda fixam residência nos arredores. É um problema que ainda não tem solução. Mas não chegam a tirar o novo brilho do Marco Zero da cidade.

Ao sair do metrô, percebi que o mundaréu de gente que por ali circula continuaria sempre o mesmo. À direita da igreja, um palco – usado na celebração do dia da consciência negra – estava sendo desmontado. Da catedral, em cujas escadarias muitos passantes descansavam do sol, desciam um jovem padre e um rapaz de túnica e pés descalços. Provavelmente, um monge.

O Marco Zero em si, já chamava a atenção. Como se centro do mundo fora, uma rosa dos ventos se espalhava aos seus pés. E em si se desenhavam as direções para os estados que dividem com São Paulo um espaço no Brasil: Rio, Minas, Mato Grosso do Sul e Paraná.

E a catedral ainda ostentava a reforma sofrida em 2002, exalando imponência. Vale lembrar que a sua história remonta a 1591, quando ainda era uma construção de barro, palha e tora. Dois séculos depois, em 1745, a palhoça dava lugar a uma segunda construção, que dividia espaço com a Igreja de São Pedro da Pedra. Elas sobreviveram até 1911, quando a praça e a catedral – esta projetada pelo alemão Maximiliano Kehl - começariam a ganhar os contornos atuais. A igreja seria inaugurada no ano do quarto centenário da cidade.

Em 99, ela teve de ser fechada para a reforma terminada em 2002. O estilo gótico inspirado na Europa se manteve, mas com contornos brasileiros. Em vez de morcegos e dragões, desenhos de tatus e tucanos.

Uma ótima pedida turística. Sem sair do lugar.


Foto: sampaonline

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Aos trancos e barrancos, Brasil vence no Morumbi-14


A Seleção Brasileira jogou ontem em São Paulo. E, por causa de um compromisso, eu não vi.

Peguei aqui e ali alguns comentários sobre o jogo e o comportamento dos torcedores.

Sobre a partida... há muito vi os comentaristas criticando a improdutividade dos treinamentos da equipe. Pelo que se fala do jogo, parece que tinham razão.

O Brasil não teria repetido no Morumbi o mesmo desempenho da partida do Maracanã - um bailado respeitável que os pobres equatorianos sequer conseguiram ver.

Sobraram alguns momentos de vaia. E aí, pegam no pé de torcedores paulistas, tidos como mais exigentes do que os de outras localidades (em tempo: fluminenses, mineiros e gaúchos também são).

Quem foi ao disputado evento - que mais pareceu uma São Paulo Fashion Week do que um jogo de futebol, dada a badalação e o mar de celebridades "convidadas" - não viu tantas manifestações de apoio a Rogério Ceni. Mesmo que houvesse, elas não tardariam a cessar, porque Julio César jogou muito.

No final, setores da imprensa e da torcida consideraram a vitória de 2 a 1 sobre o Uruguai "injusta".

Essa expressão é tão tosca quanto o tal "ultimo homem", que serve como justificativa para cartão amarelo em lances de falta nos contra-ataques.

Da mesma forma de que o que existe, nesse caso, é cartão por situação clara de gol, todo resultado construído leginimamente é justo.

Se jogou mais e perdeu, é porque não teve competência pra transformar em gol as oportunidades criadas.
Foto Julio César: Terra

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Cariocas em São Paulo

Em minhas tantas andanças pelo Orkut, encontrei uma comunidade de cariocas que moram em São Paulo.

E a velha rivalidade se acende. Quando não passa do nível da gozação, é até bem-vinda. Mas, quando levada a sério, se torna enfadonha.

O povo oriundo do lado de lá da Dutra se divide. Mesmo atraídos apenas por forças profissionais, alguns se dizem felizes na terra da Garoa. Nesse grupo há quem diga até que é mais feliz aqui do que no Rio.

Muitos, no entanto, engrossam a lista dos insatisfeitos. Reclamam de tudo: poluição, trânsito, falta de área verde, frieza dos paulistas.

De uma coisa eu tenho certeza: essas pessoas não vieram pra cá de coração aberto. Mais do que implicância, essa parcela de cariocas não conseguiram se desvencilhar do PRECONCEITO que têm de São Paulo. Recusaram-se a se levar pelas coisas boas que a cidade tem - sim, elas existem, e não são poucas.

Quero deixar bem claro que, apesar de paulistano de corpo e alma, sou filho de um carioca. E tenho carinho por esta que é uma das mais belas cidades do planeta. Houve uma época em que havia até a possibilidade de me mudar pra lá. E isso me trazia até certa empolgação.

Entristece-me saber que o contrário nem sempre acontece.

Infelizmente, é verdade que Sampa - como eles chamam - sofre com trânsito e poluição. Mas a falta de área verde não é uma verdade absoluta. Serra da Cantareira e Jaraguá não me deixam mentir.

Verdade seja dita, também, que o paulistano é um pouco mais fechado e sério do que o carioca. Mas... frio? Impossível haver 10 milhões de pessoas sem sentimento. Essa gente não procurou no lugar certo.

Que os cariocas que realmente se abriram à cidade sem deixar de amar suas origens maravilhosas ensinem esses seus conterrâneos de que se pode encontrar coisas legais pra se fazer em São Paulo.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

A vida é BÁRBARA

Senhores, hoje a vida é BÁRBARA.

É o nome da minha futura sobrinha.

Ela chega ao mundo entre março e abril.

E a família se desmanchará em muita festa.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Características de um time

Dia desses, fui convidado para entrar numa comunidade chamada "Melhor time de todos os tempos"

Trata-se de um clube de torcedores de diversos times brasileiros que discutem a história do futebol e o seu presente de forma bastante civilizada

Ao contrário de tantas outras do gênero futebol, que primam por um fanatismo exagerado e, não raro, seus componentes botam o nível lá pra baixo.

Um dos tópicos mais interessantes diz respeito às características dos clubes. Algo que me remeteu ao Futebol.doc, programa que ajudo a produzir no Canal de São Paulo.
Na série sobre o Santos, entrevistamos santistas ilustres, como Odir Cunha (uma verdadeira enciclopédia) e José Roberto Torero (foi um prazer conhecer esse cara. Que texto, senhores! E quanta simpatia!).

Parecia que os dois combinaram ao dizer uma característica marcante de seu time do coração: a ofensividade e o futebol refinado.

Faz todo o sentido, se for levado em conta os extraterrestres de 62 e 63 e os mais de 10 mil gols que o Santos fez em toda a sua história.

Eis que, então, cheguei à seguinte conclusão sobre o meu Corinthians:

1 - Uma torcida tão apaixonada que já foi capaz de fazer loucuras.
*Dividiu o Maracanã com a torcida do Fluminense em pleno jejum de títulos.*Não fez o mesmo no Beira-Rio, mas compareceu em grande número.
*É a responsável pelo maior público da história do Morumbi (segundo jogo da final de 77).
2 - Há uma máxima segundo a qual privilegia a raça à técnica. É verdade, pero no mucho. Tá certo que se identifica com jogadores raçudos, e sem muita técnica. Mas os maiores ídolos da sua história são craques consagrados.
3 - Cresce em momentos decisivos. Mesmo quando a campanha inicial não é lá essas coisas (ex: Brasileiro de 90). *Também é capaz de viradas incríveis. Em 87, chegou a ficar em último lugar no Paulista, mas a chegada de Chico Formiga fez o time chegar à final do Paulista. Em 2001, aconteceu mais ou menos a mesma coisa - não com a mesmo intensidade.
4 - Talvez seja o clube mais instável do Brasil. Capaz de lutar contra o rebaixamento em um ano e ser campeão em outro (tomara que volte a acontecer em 2008, mas acho difícil, infelizmente).
5 - Também tem alguma tradição em grandes goleiros (Gilmar dos Santos Neves, Ronaldo, Dida e Felipe).
6 - É o maior vencedor de campeonatos paulistas.
7 - Ficou 11 anos sem vencer o Santos, mas leva vantagem no confronto histórico.
8 - Leva vantagem também contra o São Paulo.
9 - Se dá bem contra os mineiros, mas muito mal com os gaúchos.
10 - Tem semelhanças curiosas com os times do Rio: uma torcida apaixonada (Flamengo), a história de luta como time do povo (Vasco), um jejum de títulos superior a 20 anos (Botafogo), e Rivellino como grande nome da história (Fluminense).
11 - Foi capaz de revolucionar a relação entre jogadores e cúpula (Democracia Corintiana), mas também de desastres administrativos (Alberto Dualib e Vicente Matheus).
12 - Tem carinho especial pelos jogadores vindos da base.
13 - Tradição em natação e basquete - esta, infelizmente, se perdeu.
14 - É um time de muitos carrascos.
*Pelé, eternamente - ele fez 50 gols só contra o Corinthians.
*Roberto Dinamite, em um único jogo, fez 5
*Raí, em um único jogo, fez 3
*Romário também pode entrar nesse hall. ADORAVA fazer gol no Corinthians.
15 - Quando o campeonato Nacional não é da alçada da CBF (União em 87 e JH em 2000), dá vexame. Último no primeiro e penúltimo no segundo.
16 - Vence finais mesmo sendo inferior ao adversário.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Novo layout

Amigos confrades, o blog está com novo visual.

Depois de alguns meses em atividade, eis aí a primeira mudança no visual.

O preto perdeu um pouco de força para o cinza.

Mas, nos textos, essas cores nunca serão predominantes.

Permaneceremos sempre de alto astral

Gostaram da mudança? Comentem

Abraços.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O Senhor das Armas

No sábado, assisti a "O Senhor das Armas". Um filme assustador, sem necessariamente se classificar como terror.

Nicholas Cage é Yuri, um homem que, de repente, sua vida de imigrante ucraniano na "América" não é nada agradável. Então, descobre seu talento para vender armas.

Aos poucos, prospera de tal maneira que conquista know how, riqueza... e a mulher dos seus sonhos.

De tempos em tempos até é assaltado por drama de consciência. Afinal, tem como clientes, entre tantos facínoras, ditadores de pobres nações africanas. Que, com as armas vendidas por ele, massacram seus inocentes.

Com o máximo do cinismo, logo tenta se convencer de que é melhor do que negociantes de cigarro e de drogas. Pelo menos, não puxa o gatilho.

Quando enfim é encurralado, está convencido de que nada acontecerá. Porque é um mal necessário: principalmente ao governo dos Estados Unidos.

Ao final, a certeza de que os maiores comerciantes de armas (além de EUA, China, Rússia, França e Grã Bretanha) são justamente os integrantes permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

Uma verdade rasgada... e bastante inconveniente.

domingo, 11 de novembro de 2007

Felipe, o bravo, já é santo

Só deu pra pegar o segundo tempo.

Na volta pra casa, houve um espocar de fogos e gritos extasiados, mas ininteligíveis.

Só tinha uma certeza: não tava zero a zero.

Um a um.

O Corinthians começou a etapa complementar melhor.

Lulinha e Dentinho são uma combinação interessante do meio pra frente.

Mas a eles, ainda muito novos, falta frieza na hora do vamos ver fatal.

Me afligi com a possibilidade do "quem não faz..."

E foi por um triz

O irresponsável do Iran resolveu dar uma bicicleta dentro da área. E acertou o Harisson.

Pênalti!

Paulo Baier se preparava para bater... o repórter da Globo dizia que ele não havia errado nenhuma cobrança.

Da arquibancada, um irmão de desespero rezava por um novo milagre de Felipe, já devidamente beatificado pelos Fiéis.

E ele aconteceu!

Para um misto de êxtase e alívio, tão meus naquele momento.

(Se faltava a comprovação de mais um milagre, o xará merece a canonização. Ocupa um céu que já conta com um certo milagreiro verde com nome de evangelista.

Mas Marcos, para os seguidores de Jorge, simbolizou a besta do Apocalipse).

Lá na frente, o bravo Finazzi ainda tentava algo. Arce foi levando, foi levando... "Agora, bate pro gol." Eu disse aflito.

Faceira, a gorduchinha bateu na trave e foi embora.

Ao final, um empate agridoce.

Não é de todo mau. Mas poderia trazer feições mais triunfais.

A luta contra o buraco continua.

Não esmoreçamos.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Educação sentimental tropeça no artificialismo

Pela primeira vez na vida, assisti a uma peça de teatro que não me agradou.

Educação Sentimental do Vampiro é uma transposição para os palcos de contos do Vampiro de Curitiba Dalton Trevisan.

As histórias se encontram pela temática altamente sombria e sexual. Suas personagens primam pelo ridículo, seja ele físico ou moral: o adolescente que procura prostitutas banguelas pelas ruas, a moça estuprada por um caminhão de homens debaixo de uma ponte, maridos que espancam esposas...

Achei confusa a estética da narração. Não sabia se prestava atenção na cena ou no contador da história. Diálogos se confundem de maneira torta... e o exagero do sotaque paranaense o torna, a meu ver, artificial.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Trajetória

Às lágrimas um anjo soluçava
E selava a tristeza de um tropeço
Recolhe os cacos d'alma ferida
Reconstrói
E renasce de um salto em glória

Da graça de um sorrir ingênuo
Descortina-se o sentido da vida
Preciosa, não dorme à partida
Do amor maior
Que apenas se transforma

Ao velho mundo, via-se novo mar
Ecoa o despertar de uma deusa
Ainda que em transe
Contempla o mundo dos eternos
E promete desbravar o sol nascente