Em tempos bicudos de série B, passei pra lembrar de um grande jogo que fui assistir com meu tio.
Era a primeira Copa do Brasil. O Corinthians havia chegado às quartas-de-final. E enfrentava o Flamengo. No primeiro jogo, no Maracanã, os rubro-negros venceram por 2 a 0. Zico e Júnior, já velhos, ainda jogavam. Apesar de adversário, era um prazer escondido ver o grande Galinho de Quintino
Ainda de frente pro Ronaldo, Jairo disse: "Vamos para o lado que o Corinthians ataca." Em tempos em que não havia separação de setores tão rígida, fomos da lilás pra amarela, onde geralmente fica a Gaviões. Dessa vez, encarando o eterno reserva Cantarelle.
Neto marca um gol olímpico logo de cara. Mas Zico empata de cabeça.
No segundo tempo, o Timão reagiu. Neto, de novo, Eduardo - com um petardo de longe - e Dida deixavam o time na boca da classificação. Por diferença de gols.
Depois do quarto gol, o negrão não se conteve. Foi pro alambrado tirar um sarro dos flamenguistas.
Pra quê? No último respiro, Junior tocava na saída de Ronaldo.
Fim de papo, porque a diferença se igualava, mas os cariocas se classificavam por fazer mais gols fora de casa.
A eliminação foi frustrante. Mas foi um jogaço, em que prevaleceram a mística corintiana e a malandragem dos experientes craques da Gávea.
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