Adriano poucas vezes conseguiu sair da boa marcação corintiana. Reclamou da anulação do gol, mas ele realmente fez falta em William (foto: Terra)
No primeiro clássico de 2008, Corinthians e São Paulo fizeram um jogo melhor do que se esperava.
Nos primeiros 10 minutos, o alvinegro comandou as ações. Logo no começo do jogo, Finazzi por pouco não abriu o placar.
Aos poucos o São Paulo, mais inteiro e entrosado, foi equilibrando a partida. Mas o meio-campo, comandado por um Jorge Wagner pouco inspirado, não fazia valer a tão propalada superioridade técnica.
As jogadas mais agudas aconteciam com Souza, do lado direito. Joílson parecia atuar mais como um volante, naquele mesmo lado.
Do lado corintiano, Perdigão assumiu a responsabilidade de distribuir as jogadas, já que Bruno Octávio cuidava do primeiro combate e Carlão fazia as vezes de um terceiro zagueiro.
Leve vantagem corintiana no primeiro tempo.
No segundo, o São Paulo voltou mais ofensivo. Dagoberto caía pelas duas pontas e era o jogador mais perigoso do bicampeão brasileiro. Mas o Corinthians se segurava bem, contando com atuações seguras de Chicão e Carlão.
Aí, o Mano resolveu mudar.
Sacou Acosta e colocou Lulinha. Então, ele e Dentinho jogariam mais abertos e Finazzi continuaria no comando de ataque.
Eu manteria Acosta e tiraria Finazzi.
Mas mais trocas ainda viriam. Coelho entrou no lugar de Dentinho, que atuou como ponta esquerda e fez boa partida. A sua função seria desempenhada por Lulinha, que não conseguiu ter a mesma eficiência.
E Perdigão, incansável, deu lugar a Bóvio. Seis por meia dúzia. Mano poderia ousar e colocar Éverton Ribeiro, atuando ao lado de André Santos pela esquerda. Mas preferiu ser mais cauteloso.
A única alteração de Muricy foi Carlos Alberto - que mudou de lado - no lugar de Joílson.
Aos 40, Adriano fez o gol que daria a vitória ao São Paulo. Mas Sálvio Espínola viu falta do Imperador em William. Ele acertou, pois Adriano realmente se apoiou no zagueiro corintiano.
O único erro do árbitro foi não ter dado pênalti de Chicão em Dagoberto, aos 19 minutos do segundo tempo.
No segundo tempo, o São Paulo foi ligeiramente melhor.
Não gosto muito desse papo de resultado injusto. Pra mim, isso não existe.
Mas o jogo merecia gols.
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