quinta-feira, 5 de julho de 2007

Falta o Suplicy


O Congresso brasileiro não consegue passar sem viver uma tempestade de lama de vez em quando. As últimas transformaram bois em bodes expiatórios. Renan usou a venda de gado gado como justificativa para todo aquele dinheiro dado a Monica Veloso. Roriz alegou ter emprestado R$ 800 mil de Nenê Constantino para comprar um bezerro. O nosso ex-ministro da Agricultura e ex-governador do Distrito Federal, já com uma história de vida no mundo das acusações, renunciou à cadeira pra não ser cassado.

Na enorme poça que cobre os representantes dos Estados, a imprensa destaca ilhas de credibilidade: Pedro Simon e Jefferson Peres. Outro senador muito elogiado recentemente é o democrata Demóstenes Torres. O deputado Fernando Gabeira é uma figura carimbada entre os "raros" da esfera.

É justa a listagem dos bons. A injustiça fica por contra da ausência de Eduardo Suplicy, que tal qual Perez e Simon, também tem agido com independência. Integrante do conselho de Ética, o senador paulista tem recebido pressões... e, desde sempre, é persona non grata entre a cúpula de seu próprio partido. Justamente por não compactuar com algumas mudanças de rumo do PT.

Tem nada, não. A resposta é dada pelo eleitor, que o mantém como Senador há dezesseis anos. E não se decepciona.

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