De tempos em tempos, republicarei aqui alguns dos melhores textos escritos no blog antigo. Hoje, vai este aqui:
Em busca de todas as belezas
Quando se fala de amor, é moda nos depararmos com o discurso segundo o qual o importante é a chamada "beleza interior". O discurso é tão corriqueiro que chega a ser chique. Um especialista com quem tive contato certa vez disse que querer beleza exterior é um erro.
Não discordo que é absolutamente essencial buscar caráter, cumplicidade e inteligência. Mas muitos que se querem puristas chegam a desdenhar de algo que tem, sim, a sua dose de importância: a atração.
A maioria nega, mas todo o mundo considera, à primeira vista, a beleza de fora. E eu pergunto: que diabos há de tanto pecado nisso? Posto que a sexualidade (outro ponto relevante na relação) também depende desse olhar considerado tão "mundano"?
Não proponho que devamos elevar o nível de exigência à estupidez de procurar apenas sarados e gostosas. Mas também não podemos ser hipócritas a ponto de negar o arroubo de nosso desejo, algo inerente ao ser humano.
"Ah, mas a beleza física acaba." E quem disse que a concepção do belo deve permanecer a mesma por toda a vida? Quem disse que o belo é o mesmo para todos? Um homem pode achar linda a sua mulher por mais de décadas, e vice-versa. Há quem ache Angelina Jolie o máximo da beleza. Pra mim, Charlize Theron dá de dez nela! Há quem babe por Luana Piovani. Pra mim, há umas quinze mulheres bem mais bonitas.
É mister que procuremos no amor o belo que cala à alma. Mas - por que não, meu Deus? - a arte que salta também aos olhos.
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