O último dia do Pan foi de Flávio Saretta.
A final contra o chileno Adrian Garcia era para ser no sábado. Mas a chuva temporã castigou Marapendi.
No final das contas, a partida aconteceu no Centro de Treinamento Amil, no Recreio dos Bandeirantes.
E o paulista de Americana acabou com a minha adrenalina. Alternava grandes momentos com erros bastante incompreensíveis.
Venceu o primeiro set por 6/3. No segundo, vencia por 3 a 2 e tinha o saque. Mas perdeu. 6/4 para Garcia.
Aí, veio o terceiro set.
Garcia chegou a ter o jogo nas mãos: 5 a 3 e dois match points. Mas Saretta decidiu, mais uma vez, encarnar a fênix da semifinal, quando esteve à beira de ser eliminado pelo argentino Eduardo Schwank, e levar a partida para o tie break.
E aí, ele se centrou, assumiu o domínio mental do game decisivo... e levou o ouro.
Mas depois de quase matar os torcedores do coração.
A medalha é merecida. Saretta é um tenista promissor. Um jeito explosivo que se quer vencedor. Muitas vezes, injustiçado.
Num jogo contra Gustavo Kuerten na Costa do Sauípe, Saretta foi tratado como estrangeiro. Houve até quem o chamasse de "argentino". Ele perdeu a paciência e pediu respeito. Numa situação assim, eu agiria do mesmo jeito.
Volto no tempo e me recordo de ter acompanhado de perto o primeiro Aberto de São Paulo, challenger que acontece sempre ao raiar do ano. Saretta havia vencido André Sá nas semifinais. Aproveitei a carona do Sportv e pedi uma entrevista. Ele foi muito receptivo.
Repeti a dose no dia seguinte, quando venceu Guillermo Coria (esse sim, argentino) na decisão.
Como ninguém é perfeito, Flávio Saretta é palmeirense.
Tudo bem. Depois do ouro de ontem, tá perdoado.
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- Achei bastante infeliz o Uol destacar como "papelão" a derrota do futebol masculino. Tratava-se de um time de adolescentes encarando adultos. E, de 17 para 20 anos, a diferença é grande. E o Equador, algoz do Brasil, ainda se valeu dos três jogadores acima de 23 anos a que tinha direito. Pra mim, a derrota foi algo absolutamente normal.
- Entre as dez beldades do Pan... nenhum negro. Será que devo me acostumar com a eterna europeização da beleza? Sinto muito, mas não consigo.
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